MAURO PEREIRA
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Quando eu Partir

Mauro Pereira

 

Quando eu, enfim, deixar meu esqueleto morto,
Não dobrem sinos, chorem ou arranjem flores.
De resto, o que servir, que viva em outro corpo!
Bom uso façam dele, vermes e doutores.

Àqueles a quem amo e ficam neste horto,
Que seja o meu passar, não de pesar e dores,
Pois certo é que, mais, bem mais que algum conforto,
Esteja eu deixando a eles dissabores.

Se nada, no entanto, for aproveitado,
Que simples seja a urna e a cerimônia, breve
Bastante pra cumprir as tradições que vigem.

Não ponham sobre ele o mármore gelado.
Joguem no ar as cinzas... e que o vento o leve,

Pra todos os lugares... Berço seu de origem.
 

Patos 05/10/1999.


Minha Morte

MAURO PEREIRA
Enviado por MAURO PEREIRA em 02/09/2017
Alterado em 26/10/2021
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