MAURO PEREIRA
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ARAUTO  DO  ALÉM
Mauro Pereira
Quando o espírito de meu pai partia,,
Deixando inerte o corpo seu cansado,
O fato que ora narro deu-se ao lado,
Do hospital onde seu pó jazia.

Quatro de junho. Madrugada fria!
O carro funerário ali parado.
Um pombo branco, sujo e arrepiado,
Sob o motor, parece, se aquecia.

Meu irmão com jeito segurou a ave,
Que posta com carinho sobre um galho,

Voltou direto a nós, cambaleante. 

Mensagem clara! Era aquela ave,
Um espírito em paz rumo ao trabalho,
Nas searas do Deus aconchegante.
 Patos, 04/08/2002.
 
MAURO PEREIRA
Enviado por MAURO PEREIRA em 15/11/2017
Alterado em 04/06/2020
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