QUANDO O SOL SE VAI
Mauro Pereira
O dia puxa sobre si o véu
da negritude que abraça a terra.
Até sumir no mar ou entre as serras,
onde o horizonte abraça e beija o céu.
E quanto mais encobre a esfera, o breu,
Sinto que um sonho já de mim desterra.
Que esse viver por ti somente, encerra
o meu exílio nesse mausoleu
que agrega seres que namoram estrelas.
Aos quais me junto, a procurar teu trilho
num raio errante, que inda risca os céus.
A mim não basta tão somente vê-la!
Mesmo nas noites sem luar, sem brilho!
Quero encontrar-te para mais um adeus!
Brasilia-DF 18/06/2019